Pessac Léognan Grand Cru Classé 2016 Tinto - Chateau Latour Martillac

TERROIR

A vinha está dividida em dois subgrupos homogéneos. No planalto de Martillac, a crista que domina a propriedade é constituída por um mosaico de cascalho.
Estes pequenos seixos depositados no Quaternário pelo Garonne formam uma mistura inteligente e harmoniosa de quartzo, lídio, jaspe e sílex.
Estes solos pobres e drenantes constituem terrenos ideais para a vinha, especialmente para as castas tintas Cabernet Sauvignon e Petit-Verdot.
Aproximando-se do Garonne, os solos assumem um perfil argilo-calcário, com sempre alguma gravilha à superfície.
É aqui que os nossos Merlots e as nossas castas brancas, Sauvignon Blanc e Sémillon, se expressam melhor.

DOMÍNIO

A herdade deve o seu nome à torre que se ergue no pátio principal do castelo. É o vestígio de um forte construído no século XII pelos antepassados ​​de Montesquieu. A estrutura ocupa então uma posição estratégica e controla a estrada que liga Bordéus a Toulouse. As pedras do forte serviram para construir o atual castelo no final do século XVIII.

Em 1871, a propriedade atraiu a atenção de Edouard Kressmann, que acabava de fundar a sua casa comercial em Bordéus. Ficou seduzido pela qualidade dos vinhos brancos nascidos numa notável encosta de cascalho com relevo acentuado e exposição excepcional.

Alfred Kressmann, filho mais velho de Edouard, acabou adquirindo a propriedade em 1930. Mudou o nome: para evitar qualquer confusão com seu ilustre homônimo Médoc, o Château Latour passou a ser Château Latour-Martillac.
Seguiu-se um longo processo de reestruturação. A vinha compreendia então cerca de quinze hectares, a maior parte dos quais plantados com uvas brancas. Sem tocar nas parcelas mais antigas, Alfred Kressmann acrescenta Cabernet Sauvignon aos Merlots já existentes.

Interrompida pela guerra, a reestruturação continuou com Jean Kressmann, que sucedeu ao seu pai em 1954. Jean tornou então realidade o sonho da família ao adquirir o planalto de cascalho que separa a propriedade da aldeia. A vinha estende-se assim gradualmente até quase 30 hectares. Jean Kressmann era um apaixonado pela vinificação e deve-lhe o sucesso das colheitas tintas 1959, 1961, 1966, 1970, 1975, 1982, e da sua preferida, a de 1983. Ao mesmo tempo, contribuiu para a criação do Pessac-Léognan. denominação municipal, que reúne 10 comunas do norte da região de Graves localizadas no histórico “Banlieue Prévôtale” de Bordéus.

Hoje, os filhos de Jean Kressmann continuam a tradição familiar, sendo Tristan e Loïc, os dois filhos mais novos, os responsáveis ​​pela gestão geral. Com a ajuda dos melhores enólogos consultores de Bordéus, colheita após colheita, tiram o melhor partido deste autêntico terroir de Graves.
Na década de 1980, acrescentaram algumas parcelas de Sauvignon Blanc para complementar harmoniosamente o Sémillon, referência histórica da quinta.
No tinto, o blend de Cabernet Sauvignon e Merlot está agora associado aos excelentes Petits Verdots, localizados numa das melhores gravilhas do planalto de Martillac. Na herdade existe um talhão enxertado em 1884 com toda a coleção de castas selecionadas por Edouard Kressmann para o seu “Graves Monopole Dry”, como lhe chamou a diva Adelina Patti. Engrandecidas pela sua idade avançada, estas vinhas encarnam a raça, a coragem e a seiva que sempre caracterizam a vindima.

ENTREGA

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